Minha relação com o DSC começa antes de eu começar o curso de graduação em Março de 2000. Devido ao meu interesse em informática, fiz o teste para o curso técnico do curso de Informática do atual CEFET/AL em Maceió. Na época, uma parte dos professores do CEFET eram egressos do DSC ou do DEE da Federal em Campina Grande. Influenciado pelos professores do CEFET, optei pelo vestibular para a graduação em Ciência da Computação da UFCG quando acabei o CEFET, mesmo já tendo cursado um ano de graduação.
Além de descrever um pouco da minha experiência durante a graduação, adiciono quatro dicas que acredito que são úteis para outros alunos.
Depois de alguns meses no curso, comecei a procurar outras atividades. O grande professor Camilo Medeiros convidou para administrar um laboratório do programa PCT e me colocou em contato com Fellipe Aleixo que estava formando os Guardians. A partir daí, eu estava no DSC independente de várias greves que
tivemos.
No ano seguinte, conheci o grande guru Walfredo Cirne, de volta a Campina Grande após concluir o seu o doutorado. Comecei a trabalhar no LSD no projeto MyGrid, que deu origem ao OurGrid, onde também tive contato com professor Fubica. Ainda no mesmo ano, cursei a disciplina de Métodos Avançados de Programação com o meta-guru Jacques Sauvé. Esses três tiveram uma enorme influência na minha experiência e no aprendizado durante meus anos de DSC.
Primeira dica: de vez em quando, vá comer um bode com seu professor. Converse com seus professores, troque idéias e experiências. O meu contato no contexto da universidade foi muito bom, mas o extra projetos e disciplinas foi ótimo.
Meta-dica: Aprenda quando ignorar e discordar de seu professor.
A experiência no LSD e no projeto OurGrid ocupa a maior parte das minhas lembranças do DSC. Comecei quando o laboratório era apenas uma sala no DSC. As segunda e terceira versões, mudando para o prédio que era ou ainda é do controle acadêmico e depois para o atual, trouxeram maior contato com muita gente boa. Algumas delas hoje fazem parte do DSC como Andrey Brito, Eliane Araújo, Lívia Sampaio, Nazareno Andrade e Raquel Lopes. Foram dias e noites de uma mistura ímpar de aprendizado e diversão, em um projeto que misturava pesquisa, produto e interação com vários usuários.
Segunda dica: faça um estágio. O aprendizado é grande e amplia seus horizontes, o que dará base para as decisões seguintes. Talvez não seja fácil encontrar um projeto que misture os aspectos acima. Neste caso, procure algo fora da universidade. Lembre-se também que o estágio é algo temporário e não deve ter prioridade maior que seu curso de graduação.
Continuar no mesmo ambiente para o mestrado foi um passo natural. Passar a ter contato com os novos alunos vindo da graduação para trabalhar no projeto foi uma experiência muito boa e enriquecedora.
Depois de Campina Grande, fiz doutorado na University of British Columbia em Vancouver, BC, Canadá, e começo esta semana como Engenheiro de Software na Google de Waterloo, ON, Canadá.
Desde que saí de Campina, tive cinco experiências curtas de estágio em duas grandes empresas e um laboratório fora do Brasil. Em quase todos, encontrei com alguém que passou pelo DSC. É sempre muito bom conversar com o pessoal que encontro sobre este excepcional período de minha vida, mas melhor ainda é constatar que nossa formação acadêmica nos capacita para diversos centros de excelência no mundo.
Para finalizar, fica a terceira dica: procure passar um tempo em um país de que o idioma seja inglês. Quanto mais cedo, melhor.
Muito boa sua descrição da graduação (até porque uma boa parte coincide com a minha). Concordo plenamente com suas dicas. Eu diria que participar de projetos em pararelo com as disciplinas salvou minha graduação. Passei a entender melhor como as coisas se encaixavam. Além disso me deu a oportunidade de construir grandes amizades e até ganhar um guru pro resto da vida como este tal de Lauro. :)
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