Creio
que para os que não conhecem nada sobre o assunto, a primeira coisa
que veio à mente foi “O que é software Livre?”. Podemos definir
o Software Livre, de uma maneira genérica, como um tipo de software
que o usuário pode modificar e utilizar da forma que bem entender,
sem necessariamente precisar da permissão do fabricante. Pensando em
uma forma mais abrangente e coesa, podemos dizer que todo Software
Livre possui quatro liberdades, que são:
0 - Executar o programa como desejar, para qualquer propósito;
1
- Estudar como o programa funciona e adaptar como quiser;
2
- Redistribuir cópias do programa;
3
- Distribuir cópias de suas versões modificadas a outros;
Richard Stallman |
Essas
liberdades foram idealizadas por Richard Stallman, em 1985. O mesmo
tem uma historia curiosa e interessante que de uma certa forma abre
os olhos para uma das utilidades do Software Livre. Stallman que até
então trabalhava no Laboratório de Inteligência Artificial do MIT
estava tendo um problema com a impressora do departamento, o mesmo
era um pesquisador e sabia resolver o problema, contudo, a fabricante
da impressora não forneceu o código. Isso então
despertou a preocupação do mesmo como usuário e pesquisador,
já que ele tinha plenas condições de resolver o imbróglio, porém, foi impossibilitado pois não tinha autorização para isso.
A partir disso suas ideias se fomentaram e mais tarde Stallman criou
a FSF, importante fundação na propagação do Software Livre.
O Software Livre, assim com vantagens, também apresenta desvantagens.
Para exemplificar, podemos citar dois exemplos globais. O primeiro
exemplo se dá na cidade de Toulouse, noticia no ano passado, que a
priori economizará cerca de 1 milhão de reais com a utilização do
Software Livre, mais precisamente com o uso do LibreOffice. Isso pode
evidenciar que de uma certa forma o Software Livre pode ser uma boa
alternativa para reduzir custos. O segundo exemplo se dá pela cidade
de Munique, que em 2003 foi pioneira na utilização do Software
Livre e hoje encontra alguns problemas. Os Softwares utilizados na
cidade são incompatíveis com alguns softwares utilizados no
restante da Alemanha. Além disso, Munique necessitou criar alguns
Softwares para conseguir realizar certas atividades, caracterizando
um custo adicional. Portanto, o caso de Munique dá evidências de
algumas desvantagens desse tipo de software.
Finalizando
essa breve introdução e caso você tenha ficado interessado no
assunto, aqui estão expostos alguns links que podem ser
interessantes na aprofundação sobre esse tema que é bem vasto e intrigante:
- Free software, free society: Richard Stallman at TEDxGeneva 2014. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=Ag1AKIl_2GM>
- OLIVEIRA, Edson Luís de Almeida; DE NARDIN, Ana Cláudia. O uso do moodle como suporte as atividades de ensino/aprendizagem presencial em cursos técnicos integrados. Disponível em:<http://jne.unifra.br/artigos/4848.pdf>
- PERESTELO, Felipe Carvalho. Adoção do Software Livre no setor público brasileiro. Disponível em: <http://www.ime.usp.br/~cef/mac499-10/monografias/felipe/FelipeCP_Poster.pdf>
- SABINO, Vanessa; KON, Fabio. Licenças de Software Livre, História e Características. Disponível em: <http://ccsl.ime.usp.br/files/relatorio-licencas.pdf>
- KON, Fabio; LAGO, Nelson; MEIRELLES, Paulo; SABINO, Vanessa. Software Livre e Propriedade Intelectual: Aspectos Jurídicos, Licenças e Modelos de Negócios. Disponível em:<http://ccsl.ime.usp.br/files/slpi.pdf>
Esse recapitulando foi realizado pelo petiano Rafael Bruno A. de Sousa e como o próprio título já diz, visava dar uma introdução a esse assunto da área de computação.
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